Coletivo Cronotopo

Desconectado e Sobrevivendo

Gotardo, o Engenheiro de Software que viveu um mês sem Redes Sociais

Ah, as maravilhas da vida digital! Que época gloriosa para estar vivo, onde a privacidade é um conceito tão arcaico quanto mandar uma carta pelo correio. Mas, surpresa das surpresas, Gotardo, de 35 anos, natural de Taperoá decidiu fazer o impensável: viver sem celular por um mês. Isso mesmo, um mês inteirinho sem esse pequeno dispositivo mágico que nos faz sentir importantes ao recebermos curtidas e comentários aleatórios de estranhos.

A Tragédia

Tudo começa com uma tragédia, Gotardo, sentando no seu trono e vendo seu feed no Instagram, recebe um susto quando seu gato Nicolai, pula em seu colo, deixando seu smartphone se misturar em num mar de coliformes fecais. Na submersão, o aparelho desligou e nunca mais voltou a vida. O rapaz poderia ter corrido para comprar outro imediatamente, mas decidiu enfrentar a vida sem GPS, sem NFC, sem Pix e, o mais chocante de tudo, sem redes sociais (com exceção do WhatsApp, claro, porque tudo na vida tem limites).

A Antiga Arte de Ler Placas

Ah, o GPS. Lembra daquele tempo em que as pessoas realmente sabiam onde estavam indo? Gotardo também não. Pois bem, sem GPS, foi forçado a usar… pasmem… placas de trânsito! Sim, aquelas coisas metálicas com letras que indicam direções. Quem diria que elas funcionam de verdade? E é um exercício excelente para o cérebro, meio como um Sudoku, só que com consequências reais se você errar.

O Retorno do Cartão Físico (se é que ele morreu de fato, né)

O que dizer sobre pagamentos? Sem NFC e sem Pix, a vida se resumiu a carregar cartões. Nada como aquela sensação retrô de enfiar o cartão na maquininha e digitar a senha. É quase uma viagem no tempo, só que sem a parte legal de encontrar dinossauros ou voltar à década de 80, como numa trilogia de De Volta para o Futuro.

Curtindo a Inatividade sem Distrações Digitais

Ah, os momentos de ócio. Sem um celular para rolar infinitamente pelo feed do Instagram, Gotardo foi forçado a realmente, você sabe, viver o ócio. E não é que foi interessante? Ele descobriu que o tédio pode ser incrivelmente produtivo. Leu dois livros! Dois! Antes, levava meses para terminar um. Quem diria que dar um descanso para os olhos poderia ser tão revigorante?

Conversando de Verdade

E as interações humanas? Melhoraram. Sério, sem aquele impulso constante de verificar notificações, ele, Gotardo, começou a realmente ouvir sua esposa Geovana. As conversas fluíram melhor, são mais significativas. Quem precisa de emojis quando você pode ver o rosto da pessoa né?

Um Ex-Drogado Digital

Depois de um mês sem celular, Gotardo sente-se como um ex-drogado em recuperação. Cada dia é uma vitória. Cada interação humana, um pequeno milagre. E a privacidade? Bom, sem compartilhar cada detalhe de sua vida nas redes, parece que ele recuperou um pouco de sua própria existência.

por @ferox

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